As detenções ocorreram em um imóvel onde os criminosos estavam se preparando para realizar um novo desvio de recursos da Caixa Econômica Federal, utilizando o sistema de transferências instantâneas, o PIX. Durante a ação policial, a PF encontrou uma estação de trabalho que havia sido furtada da própria Caixa, um equipamento que possibilitava acesso privilegiado a senhas e ao sistema interno da instituição, evidenciando a audácia e o planejamento da quadrilha.
Após a realizacão de uma audiência de custódia, a Justiça Federal converteu as prisões em preventivas, refletindo a preocupação das autoridades com a possibilidade de reiteração delitiva. Os detidos, cujas idades variam entre 22 e 46 anos, são considerados peças-chave na investigação que visa desmantelar essa rede de crimes cibernéticos.
As apurações também revelaram que o grupo pode estar envolvido em outros dois grandes ataques anteriores. O primeiro deles ocorreu em junho e teve como alvo uma instituição financeira conhecida como BMP, provocando um prejuízo estimado em R$ 800 milhões. O segundo ataque, realizado mais recentemente, visou uma plataforma tecnológica relacionada ao sistema PIX, ocasionando um desvio de cerca de R$ 400 milhões.
A Polícia Federal segue investigando a fundo, com o objetivo de identificar outros membros da organização, além de verificar possíveis conexões com profissionais de instituições financeiras que possam ter contribuído para as fraudes. As autoridades ressaltaram que este caso é um dos maiores já registrados no Brasil em relação a crimes cibernéticos, tanto pelo volume dos prejuízos quanto pela sofisticação das técnicas utilizadas pelos criminosos, que expõem a vulnerabilidade do sistema financeiro nacional.