Polícia do Sri Lanka detém quase 15 mil pessoas em operação antidrogas apoiada pelas forças armadas e criticada por defensores dos direitos humanos



No Sri Lanka, uma operação antidrogas liderada pela polícia e apoiada pelas forças armadas resultou na detenção de quase 15 mil pessoas, anunciaram as autoridades neste domingo (24). A operação, denominada “Yuktiya” ou “Justiça”, teve como objetivo combater o tráfico de drogas no país, resultando na apreensão de aproximadamente 440 quilos de drogas, incluindo cannabis, haxixe e heroína.

Segundo a polícia, as drogas apreendidas indicam que o Sri Lanka está sendo usado como ponto de trânsito por redes internacionais de tráfico de drogas. Além das apreensões, a polícia informou que 13.666 suspeitos foram detidos, juntamente com quase 1.100 usuários de drogas, que foram encaminhados para reabilitação obrigatória em instalações militares.

A operação envolveu buscas em casas na capital e em outras partes do país, com policiais e soldados utilizando cães farejadores para localizar drogas. No entanto, as ações foram criticadas por defensores dos direitos humanos, que alegam que as operações foram realizadas sem ordens judiciais. O advogado de direitos humanos, Hejaaz Hizbullah, classificou as operações como ilegais devido à falta de mandados judiciais.

Além disso, a ativista Ambika Satkunanathan também criticou as ações, alegando que as investigações não foram baseadas em evidências sólidas e que as autoridades estão focando apenas em áreas pobres, prendendo usuários e pequenos traficantes, em vez de focar nos grandes traficantes.

Essa operação ganhou destaque na mídia local, com muitos veículos de imprensa publicando imagens das buscas e detenções. A polêmica em torno das ações da polícia e das forças armadas levantou debates sobre as táticas utilizadas no combate ao tráfico de drogas e trouxe à tona questões relacionadas aos direitos humanos e ao devido processo legal.

As autoridades do Sri Lanka ainda não se pronunciaram sobre as críticas e contestações feitas por defensores dos direitos humanos em relação à operação antidrogas. Com o aumento da pressão da sociedade civil e da mídia, espera-se que o governo se manifeste sobre o assunto nos próximos dias. Este caso levanta questões importantes sobre a abordagem das autoridades em relação ao combate ao tráfico de drogas e o respeito aos direitos individuais.

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