Polícia de São Paulo prende três suspeitos do assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos, em investigação sobre o PCC.



No último sábado, 7 de dezembro, a polícia de São Paulo efetuou a prisão de três indivíduos suspeitos de estarem envolvidos no assassinato do empresário e delator Vinícius Lopes Gritzbach, que foi morto a tiros no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em 8 de novembro. A execução do delator, que havia prestado depoimentos importantes no âmbito da operação contra o crime organizado, levantou uma série de questionamentos sobre a segurança das testemunhas e a atuação de facções criminosas no estado.

As prisões ocorreram após uma operação coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ouviu os suspeitos em suas instalações na capital paulista. De acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança do aeroporto registraram o momento em que Gritzbach foi atacado por dois homens armados. Informações preliminares apontam que, durante a operação, foram apreendidas munições e aparelhos de celular, que passarão por perícia para auxiliar nas investigações.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, expressou sua satisfação nas redes sociais pela prisão dos envolvidos no crime, destacando a importância do trabalho de inteligência realizado pelas forças policiais. De acordo com ele, um dos criminosos foi detido com munições de fuzil, o que indica a gravidade da situação em que a polícia se encontra ao lidar com casos ligados ao crime organizado.

Gritzbach, que havia firmado um acordo de delação premiada com o Ministério Público em março de 2024, denunciou diversas pessoas ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores facções criminosas do Brasil. Seu depoimento é considerado crucial, especialmente por conter informações sobre um esquema de lavagem de dinheiro que envolvia cerca de R$ 30 milhões movimentados em favor da facção. Na ocasião de sua morte, ele transportava uma mala com joias e objetos avaliados em mais de R$ 1 milhão, segundo registros policiais.

Os antecedentes de Gritzbach revelam seu envolvimento em atividades criminosas, incluindo a acusação de ser mandante de assassinatos de dois membros do PCC. Apesar da proteção legal oferecida a delatores, Gritzbach optou por não ingressar no programa de proteção de testemunhas, uma decisão que agora levanta preocupações sobre sua segurança e a eficácia das medidas preventivas contra retaliações por parte do crime organizado.

A investigação sobre sua morte continua sob sigilo, mas a tensão entre as forças de segurança e as facções criminosas em São Paulo permanece alta, refletindo a complexidade do combate ao crime no estado. As autoridades estão em alerta, pois a proteção de testemunhas e a erradicação de práticas de extorsão e violência se tornaram uma prioridade nas ações policiais.

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