Polícia Civil do Rio Inova e Utiliza Redes Sociais para Combater Desinformação e Aproximar-se da População após Prisão de MC Poze do Rodo.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro tem implementado uma estratégia inovadora de comunicação para abordar o crime organizado e se aproximar da sociedade. Utilizando redes sociais como uma ferramenta principal, a instituição busca desmantelar narrativas que muitas vezes beneficiam criminosos e se afastam da verdade dos fatos. O secretário de Segurança Pública, Felipe Curi, que já teve longa experiência no campo operacional, destacou essa transformação em uma entrevista.

Historicamente, a polícia sempre manteve uma postura mais reservada, frequentemente se restringindo a reações diante de críticas e controvérsias. Curi, que atuou diretamente nas operações, mencionou que, em diversas situações, a polícia enfrentava críticas e se limitava a emitir notas protocolares, permitindo que boatos proliferassem. “Vi a polícia em silêncio, quando deveria ter se manifestado”, relatou.

Com o objetivo de inverter essa lógica, a nova estratégia da Polícia Civil prioriza um diálogo mais aberto e transparente com a população. O secretário enfatizou que a intenção é não apenas reagir, mas se posicionar proativamente. “Queremos mostrar à sociedade os motivos de nossas ações e a lógica por trás delas”, ressaltou.

Um acontecimento emblemático que ilustra essa abordagem ocorreu durante a operação que resultou na prisão do artista conhecido como MC Poze do Rodo. A Polícia Civil aproveitou as redes sociais para explicar as razões por trás da ação e enfrentou críticas de fãs do artista. A comunicação foi feita de maneira didática, estabelecendo de forma clara a linha entre liberdade de expressão e apologia ao crime, o que gerou grande repercussão e evidenciou a disposição da instituição em participar ativamente do debate público.

Desde que assumiu o comando da Secretaria de Segurança, Curi estruturou a assessoria de comunicação da Polícia Civil, enfatizando a importância da “guerra da informação”. Segundo ele, “controlar a narrativa é fundamental; se não pautarmos, seremos pautados”. Essa mudança de abordagem tem permitido que a comunicação policial alcance um público mais amplo, que antes não tinha acesso direto às versões oficiais sobre investigações e operações. “Estamos conseguindo dialogar com pessoas que não conseguimos antes”, finalizou o secretário, evidenciando o sucesso da nova comunicação.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo