Naquela época, o país vivia não só a expectativa da estabilização da moeda, mas também a emoção da Copa do Mundo de futebol, onde a seleção brasileira buscava o tão sonhado tetracampeonato. Enquanto os brasileiros vibravam com os jogos da seleção, a nova moeda surgia como uma promessa de esperança contra a inflação que assolava o país.
Antes do Plano Real, o Brasil experimentou diversos planos econômicos fracassados na tentativa de frear a inflação, como o Plano Cruzado em 1986, que congelou preços e logo se mostrou ineficaz. Com o Real, a estratégia foi diferente: cortes de gastos públicos, aumento de impostos, privatizações de estatais e uma abertura econômica para conter os preços.
Após sua implementação, a inflação foi controlada e o país experimentou períodos de estabilidade econômica. O então ministro Fernando Henrique Cardoso se tornou presidente do Brasil após o sucesso do Plano Real e defendeu no Congresso Nacional a aprovação de reformas que consolidariam os resultados alcançados.
No entanto, apesar dos benefícios da estabilização econômica, a valorização do Real e a abertura da economia também tiveram impactos negativos, como desemprego e críticas devido à diminuição do poder de compra da população. Ainda assim, o legado do Plano Real perdura, com a inflação mantendo-se relativamente controlada nas décadas seguintes.
Assim, o aniversário de 30 anos do Plano Real representa não apenas uma data comemorativa, mas também um momento para refletir sobre os desafios enfrentados e os avanços conquistados na economia brasileira desde então.