De acordo com Pedro Fernandes, presidente da SP Urbanismo, a construção de hidrovias nos rios Pinheiros e Tietê são projetos que podem avançar com a conclusão do PlanHidro. Um levantamento baseado no Censo de 2022 do IBGE mostra que quase 2 milhões de pessoas vivem a até um quilômetro de uma futura hidrovia em São Paulo, e esse número sobe para 5,7 milhões quando a distância aumenta para três quilômetros.
Para Fernandes, a implementação do transporte em represas é mais viável inicialmente, com o Rio Pinheiros sendo mais adequado que o Tietê para essa finalidade. Apesar das águas poluídas, o presidente da SP Urbanismo afirma que a navegação pode contribuir para a limpeza dos rios, sendo uma das primeiras apostas o transporte de carga, como sedimentos que já estão nos rios.
Sobre a qualidade das águas, Fernandes mencionou eventos realizados na cidade para conscientização e ações para promover o uso sustentável dos recursos hídricos. Ele também citou a vantagem em relação ao tempo de deslocamento nas represas em comparação com os rios, destacando a importância da integração das estações hidroviárias com as estações de trens.
Questionado sobre o cronograma de implementação das ideias apresentadas, o presidente da SP Urbanismo ressaltou ações em andamento, como o transporte aquático na Represa Billings, decks e parques em represas e rios, o programa Veleja São Paulo e a promoção de ecoturismo na zona sul. O Plano Hidroviário busca orientar o desenvolvimento urbano sustentável a partir das orlas, conectando políticas setoriais.
A segunda audiência pública do PlanHidro acontece nesta quarta-feira, e qualquer cidadão pode enviar sugestões pelo portal Participe+ até 1º de dezembro. O objetivo é reunir ideias da população para aprimorar o Plano Hidroviário de São Paulo e tornar a cidade mais integrada e sustentável.