Essa medida poderia impactar diretamente as usinas de cana-de-açúcar e os fazendeiros locais, uma vez que mais de 60 milhões de metros quadrados poderiam se tornar terrenos baldios, sem uma justificativa clara para essa mudança. Além disso, a ampliação do perímetro urbano proposta no plano tornaria praticamente toda Rio Largo uma área urbana, o que poderia inviabilizar a permanência das usinas no município.
Outra questão levantada durante a audiência foi a possível tributação dessas áreas com IPTU, o que aumentaria os custos para os produtores rurais. Uma alternativa apresentada sugere reduzir o limite para 500 metros e destinar esse espaço para atividades comerciais, porém outros artigos do Plano Diretor ainda impedem a continuidade das atividades agroindustriais dentro da cidade.
Rogério Silva, presidente da Câmara de Vereadores, conduziu a audiência que marcou o início de um intenso debate sobre o futuro do desenvolvimento econômico e territorial de Rio Largo. A discussão promete se estender e envolver diferentes setores da sociedade, à medida que os impactos e implicações do Plano Diretor forem sendo analisados e debatidos. Este é um tema que certamente continuará em pauta nas próximas semanas, dada a relevância e a complexidade das questões envolvidas.