A investigação minuciosa conduzida pela Polícia Federal utilizou tecnologia avançada, como o mapeamento 3D, para reconstruir a cena do crime. O perito criminal Bruno Costa Pitanga Maia explicou que fragmentos da explosão foram encontrados a uma distância de 80 metros, sendo possível identificar até mesmo pedaços da mão do autor. Além disso, o cinturão explosivo utilizado por Wellington foi minuciosamente analisado para determinar o potencial destrutivo dos artefatos.
O laudo pericial indicou que, apesar da simplicidade dos explosivos, o impacto poderia ter causado inúmeros feridos. Foi revelado também que o terrorista planejava um ataque coordenado, visando provocar o máximo de danos com explosivos de efeito psicológico e fragmentos metálicos. As câmeras de segurança do STF foram fundamentais para corroborar as descobertas da perícia, mostrando o momento em que Wellington lançou os artefatos explosivos em direção à escultura ‘A Justiça’ e ativou um segundo dispositivo em seu próprio corpo.
Além disso, durante as buscas na residência de Wellington em Ceilândia, foram encontrados mais três dispositivos explosivos. A aplicação da tecnologia 3D permitiu aos peritos analisarem esses explosivos de forma detalhada, auxiliando na investigação sobre a origem dos materiais e possíveis conexões com grupos extremistas.
A Polícia Federal abriu um inquérito para aprofundar as investigações, utilizando métodos similares aos aplicados nos ataques aos prédios dos Três Poderes. O scanner 3D se mostrou uma ferramenta essencial para preservar digitalmente cada detalhe da cena do crime, garantindo uma investigação precisa e rigorosa. O caso de Wellington de Oliveira, o “Tio França”, serviu como alerta para a importância da tecnologia na resolução de crimes complexos e na prevenção de atentados futuros.