A polêmica gira em torno do pronunciamento de Lula realizado no dia 28, onde o atual presidente fez um balanço de sua gestão comparando com a de seu antecessor, Bolsonaro. Em suas declarações, Lula criticou a administração anterior e ressaltou os problemas que, segundo ele, foram herdados do governo Bolsonaro. Entre as críticas, Lula mencionou o corte de recursos na educação, no Sistema Único de Saúde (SUS) e no meio ambiente, além de afirmar que a gestão anterior “espalhou armas ao invés de empregos” e trouxe “a fome de volta” ao país.
— Cortaram os recursos da educação, do SUS e do meio ambiente. Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas — afirmou Lula durante seu discurso.
A movimentação do PL segue uma iniciativa semelhante do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que no início da semana também entrou com uma ação no TSE contra o pronunciamento de Lula. O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, afirmou que o chefe do Executivo utilizou o espaço para adotar um discurso eleitoreiro e promover uma divisão política no país.
— Neste domingo, 28 de julho, o presidente usou desse expediente para fazer propaganda da divisão do país da qual ele é um dos protagonistas e espalhar dados eleitoreiros para subsidiar o discurso de seus candidatos a prefeito e vereador neste ano, — afirmou Perillo em nota.
Em resposta, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, rebateu as acusações e insinuou que a medida do PSDB visa auxiliar Bolsonaro.
— Por que eles querem censurar o presidente Lula? Para prestar serviço a Bolsonaro ou para esconder os avanços do governo Lula? Parece que o fracasso político subiu à cabeça do comando tucano — declarou Hoffmann.
Esse embate ilustra a crescente tensão política no país, evidenciando a delicada relação entre os principais partidos e líderes políticos brasileiros. A decisão do TSE poderá, portanto, ter implicações significativas no cenário político atual, influenciando não apenas o discurso público, mas também as estratégias eleitorais a serem adotadas nos próximos pleitos.