Entretanto, essa proposta enfrentou resistência, especialmente após a Polícia Federal ter se referido a alguns dos manifestantes como parte de uma “cúpula golpista”. Para que o PL consiga a votação do projeto na Câmara dos Deputados, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos), indica que a versão que chega ao Congresso precisará ser alterada para obter maior aceitação. Motta já declarou que a anistia não figura entre as prioridades da população, embora tenha sido considerada uma bandeira do PL.
Além da anistia, o projeto também busca a anulação de multas aplicadas tanto pela Justiça comum quanto pela Justiça eleitoral, algo que, segundo juristas, poderia beneficiar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, que já enfrenta inelegibilidade de oito anos por abuso de poder político e outras irregularidades segundo decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um dos principais obstáculos enfrentados pelo PL é a preocupação com a constitucionalidade da proposta. Membros do Supremo Tribunal Federal (STF) já indicaram que restringir a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro pode ser interpretado como inconstitucional. Para amenizar as tensões e ganhar apoio para a votação, o PL pretende apresentar uma versão mais clara e objetiva do projeto, aumentando assim as chances de aprovação pelo Legislativo.
Atualmente, o projeto já conta com um número significativo de assinaturas favoráveis para tramitar em regime de urgência, e a próxima reunião do colégio de líderes da Câmara está marcada para o dia 24 deste mês. O futuro da proposta ainda é incerto, mas a expectativa é de que os debates sobre o projeto ganhem força nas próximas semanas.









