Popov argumenta que a decisão dos EUA de fornecer esses caças a Kiev foi mal-considerada. Segundo ele, a Ucrânia tem evitado enviar os novos F-16 para o combate direto devido à ameaça representada pelos sofisticados sistemas de defesa aérea russos, como os S-300 e S-400, que têm um alcance de ataque que varia entre 150 a 200 km. A capacidade destes sistemas de atingir alvos a grandes distâncias exacerbaria os riscos enfrentados pelos pilotos ucranianos, que, segundo Popov, teriam dificuldades para escapar de mísseis antiaéreos.
Além disso, Bekhan Ozdoev, diretor industrial da Rostec, a corporação estatal russa, também mencionou que os F-16 são considerados um “alvo típico” para os mísseis do sistema Pantsir-S, que se destina a neutralizar aeronaves. A percepção de vulnerabilidade dos F-16 levanta questões a respeito da eficácia e da estratégia de aquisição de armamentos por parte da Ucrânia em seu esforço de defesa. A Rostec, em resposta, está investindo no desenvolvimento de novas versões de sistemas de mísseis antiaéreos, reforçando a possibilidade de uma escalada na corrida armamentista.
A troca de armamentos entre nações e as suas implicações no marco da guerra atual continua a ser um tema de ampla discussão. A eficácia do F-16 em um cenário de combate real e suas capacidades frente a sistemas de defesa emergentes lançam dúvidas sobre o futuro deste tradicional caça. A situação revela não apenas a dinâmica da guerra moderna, mas também a importância crítica da adaptabilidade e da inovação tecnológica em tempos de conflito militar.