PIB brasileiro deve cair para 2% em 2025, com inflação persistente e dólar em alta, indica análise econômica. Impactos podem ser sentidos no segundo semestre.



No decorrer de 2024, os indicadores econômicos do Brasil apresentaram uma intensa deterioração, e as estimativas para 2025 não são muito animadoras. Analistas acreditam que haverá uma queda no Produto Interno Bruto (PIB), aumento do desemprego e uma inflação persistente.

De acordo com Márcio Holland, professor e ex-secretário de Política Econômica, em 2025 os problemas fiscais podem começar a afetar a economia do Brasil. As projeções indicam que o PIB, que fechou em torno de 3,5% em 2024, deve cair para 2% em 2025. Há até estimativas mais pessimistas, como a de Sergio Vale, que prevê um crescimento de apenas 1,8% no próximo ano.

Apesar disso, o setor agrícola deve apresentar um desempenho positivo, com previsão de crescimento em torno de 8%. No entanto, a demanda doméstica deve diminuir, revertendo a expansão observada em 2024.

Em relação ao mercado de trabalho, a taxa de desemprego já apresentou uma queda para 6,1% no trimestre encerrado em novembro. No entanto, a expectativa é que a taxa de desemprego aumente em 2025, saindo de 6,8% para 7,5%.

A alta da taxa básica de juros, a Selic, é apontada como um dos principais fatores que contribuem para a queda do PIB e o aumento do desemprego. Com previsão de chegar a 14,25% ao ano no primeiro trimestre de 2025, os economistas acreditam que a Selic ainda pode subir mais, podendo chegar a 15% ao ano.

Além disso, as previsões para a inflação e para o dólar também são preocupantes, com estimativas fora das metas estabelecidas. Para Márcio Holland, o impacto da queda do PIB e do emprego deve ser sentido no segundo semestre de 2025, e medidas de ajuste fiscal mais forte por parte do governo são necessárias para reverter essa situação.

No entanto, há o entendimento de que é possível reverter essa tendência, desde que o governo adote medidas eficazes o quanto antes. Caso contrário, o país pode enfrentar um cenário econômico semelhante ao dos anos de 2013 e 2014, o que seria prejudicial para a economia brasileira.

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