De acordo com as informações divulgadas, os criminosos utilizavam técnicas avançadas de invasão cibernética para acessar diretamente o banco de dados do INSS. Além disso, os servidores da autarquia federal comercializavam suas credenciais de acesso e os dados dos beneficiários para terceiros interessados.
Um dos alvos da operação é um hacker conhecido por suas habilidades em invasões de sistemas informatizados. Este criminoso conseguia realizar manobras para burlar os métodos de segurança, alterar níveis de acesso e até mesmo fazer uso dos certificados digitais dos servidores do INSS.
Ao todo, a PF cumpre 29 mandados de busca e 18 de prisão, incluindo servidores do INSS e um estagiário. A Justiça determinou o sequestro de 24 imóveis pertencentes ao grupo, assim como o bloqueio de até R$ 34 milhões em contas bancárias dos envolvidos.
Os crimes envolvem organização criminosa, corrupção, invasão de dispositivos informáticos, violação de sigilo funcional, obtenção e comercialização de dados sigilosos e lavagem de capitais. As penas previstas para esses delitos somadas podem ultrapassar 15 anos de prisão.
A investigação, conduzida pela PF de Cascavel (PR), conta com o apoio do Ministério da Previdência. Procurada pela CNN, a assessoria do INSS ainda não se manifestou sobre o caso. A operação demonstra a importância do trabalho das autoridades na proteção dos dados dos cidadãos e no combate à criminalidade cibernética no Brasil.









