O pedido de autorização é prioritário, uma vez que a regulamentação do setor exige que, sem a licença do Ibama, os prazos de concessão continuam a contar, pressionando a Petrobras a solicitar um adiamento. Isso reflete a complexidade das operações da empresa na região, que possui uma intensa circulação de navios — cerca de 1.100 embarcações transitam anualmente pelo local. O poço em questão está localizado a mais de 500 km da foz e aproximadamente 170 km da costa, o que envolve um considerável nível de desafio técnico e ambiental.
Em agosto, a Petrobras havia submetido um adendo aos documentos de licenciamento, propondo a criação de um centro de reabilitação de fauna que visa proteger animais que possam ser contaminados durante as atividades de perfuração. Este centro foi planejado para ser uma medida de precaução, embora a empresa assegure que suas operações anteriores nunca resultaram em contaminações. A diretora enfatizou que, em 5.400 poços já perfurados, não houve incidentes significativos de derrame, reforçando a confiança da companhia na segurança de suas operações.
A Petrobras também anunciou que já atendeu a todas as exigências feitas pelo Ibama, o que sugere que a empresa está tentando manter um diálogo ativo e cooperativo com o órgão fiscalizador. A complexidade da situação demonstra a tensão entre a necessidade de exploração de recursos energéticos e a preservação ambiental, um tema cada vez mais relevante nas pautas de políticas públicas e corporativas. A companhia aguarda agora a resposta da ANP à sua solicitação de suspensão, enquanto continua a trabalhar em conformidade com as demandas regulatórias e ambientais.