Petrobras recebe licença para iniciar perfuração de poços exploratórios na Bacia Potiguar em outubro


A Petrobras anunciou que em outubro iniciará a perfuração de dois poços exploratórios no bloco marítimo BM-POT-17, localizado na Bacia Potiguar, na Margem Equatorial brasileira. A empresa recebeu a guia de recolhimento do Ibama, que integra os procedimentos administrativos para a autorização das atividades, e espera obter a licença ambiental na próxima segunda-feira.

De acordo com a Petrobras, todas as exigências do Ibama foram atendidas. Como etapa final, a companhia realizou um simulado, a Avaliação Pré-Operacional, entre os dias 18 e 20 deste mês, para comprovar sua capacidade de resposta a vazamentos de petróleo. O órgão ambiental, através do procedimento, atestou a habilidade da Petrobras em lidar prontamente com esses incidentes.

No simulado, mais de mil pessoas, incluindo biólogos, veterinários e agentes ambientais, foram mobilizadas. Além disso, quatro aeronaves, cinco ambulâncias, 70 veículos terrestres e mais de 60 embarcações foram utilizados para realizar a simulação de contenção e recolhimento de petróleo, proteção costeira, monitoramento, resgate e atendimento à fauna.

A sonda chegará ao local antes do início da perfuração, que ocorrerá a 52 km da costa. Através dessa pesquisa exploratória, a Petrobras espera obter mais informações geológicas da área, avaliando a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo feita em 2013 no poço de Pitu. Vale ressaltar que não haverá produção de petróleo nesta fase.

A Bacia Potiguar abrange áreas marítimas do Rio Grande do Norte e do Ceará e é parte da Margem Equatorial brasileira, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Essa região é considerada uma das mais promissoras do mundo em águas profundas e ultraprofundas.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou em nota oficial que as estimativas de 2 bilhões de barris de óleo in place têm um enorme potencial para o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste. Segundo ele, a exploração e produção de óleo e gás na região atrairão investimentos e trarão benefícios econômicos e sociais para a população local.

Silveira também ressaltou a importância de continuar os estudos em outras bacias da margem equatorial, mencionando o bloco mais desejado pela Petrobras na Bacia da Foz do Amazonas. No entanto, a exploração desse bloco ainda depende da aprovação do Ibama, que tem enfrentado pressões políticas.

O ministro enfatizou que essa licença de exploração na Margem Equatorial é uma oportunidade para encontrar gás e promover a reinustrialização do Brasil, além de gerar recursos para financiar áreas como saúde, educação e a transição energética. Ele espera que os técnicos do Ibama possam avançar nos estudos das condições necessárias para as pesquisas na região do Amapá.

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