Petro argumentou que a abordagem militarizada, que inclui ações como o lançamento de mísseis contra pequenos barqueiros no Caribe, representa uma violação de tratados internacionais de direitos humanos. Para o presidente colombiano, a imposição de força não resolve os conflitos e, em vez disso, agrava a situação ao gerar ainda mais violência e desestabilização nas regiões afetadas.
“A infame guerra contra as drogas não funcionou”, declarou. Ele alertou para a necessidade de uma abordagem mais humana, fundamentada no respeito aos direitos básicos dos indivíduos, reiterando um pedido feito pela Colômbia à Comissão de Direitos Humanos da ONU em julho de 2023. Petro chamou a atenção para a fragilidade da ordem internacional baseada em regras, destacando que a “paz pela força” perpetuada por políticas de governos anteriores, como o de Donald Trump, não trouxe soluções duradouras, especialmente em regiões como a África, que enfrenta atrocidades contínuas.
A crítica de Petro não se limita apenas ao combate às drogas, mas se estende a uma reflexão mais ampla sobre a política internacional e as implicações das escolhas feitas pelos Estados Unidos na América Latina. Ele aponta que a atual abordagem não apenas falha em tratar o problema das drogas, mas também compromete a soberania das nações e exacerba as desigualdades sociais e econômicas.
Esse apelo por um modelo diferente de enfrentamento ao tráfico de drogas destaca a necessidade de diálogo e cooperação internacional, enfatizando a importância de respeitar os direitos humanos como um princípio norteador das políticas públicas. Com base nesse relato, Petro busca abrir um caminho que priorize a justiça social e a paz, ao invés de ações bélicas que, segundo ele, já demonstraram ser ineficazes.









