Pesquisadores Encontram Raros Fragmentos de Capacete da Idade do Ferro em Norfolk, Revelando Avanços Arqueológicos Surpreendentes no Reino Unido



Recentemente, pesquisadores do Museu Britânico fizeram uma descoberta extraordinária que enriquecerá ainda mais o conhecimento sobre a Idade do Ferro na Grã-Bretanha. Em um projeto que abrange 15 anos, focado principalmente em tesouros arqueológicos encontrados em Snettisham, Norfolk, a equipe identificou fragmentos de um raro capacete de liga de cobre. Esses fragmentos, que inicialmente foram mal interpretados como partes de um vaso, agora se revelam como peças de um quebra-cabeças arqueológico que fornece novos insights sobre as habilidades e a cultura dos artesãos da época.

Dr. Jody Joy, curador responsável pela Idade do Ferro Europeia no Museu Britânico, expressou sua empolgação ao descrever a importância da descoberta, afirmando que ela representa um dos momentos mais emocionantes de sua carreira. De acordo com os pesquisadores, capacetes desse período são extremamente raros, o que torna essa revelação ainda mais significativa. Com a ajuda de técnicas sofisticadas, os cientistas puderam analisar não apenas a forma como o capacete foi confeccionado, mas também os métodos utilizados, incluindo o surpreendente uso de douramento com mercúrio, uma prática até então desconhecida no Reino Unido há 2.000 anos.

As análises sugerem que o capacete pode não ter sido completo quando foi enterrado, levantando a hipótese de que fosse um objeto herdado ou até mesmo uma espécie de recipiente. A maioria dos tesouros de Snettisham data aproximadamente de 60 a.C., época que coincide com os primeiros contatos romanos na região, tornando-se um dos locais com a maior concentração de metais preciosos na Europa pré-histórica.

Além do capacete, o projeto de escavação revelou mais de 400 torques, que são colares de metal, dos quais mais de 60 estavam em bom estado de conservação. A descoberta indica que esses itens eram usados por uma ampla gama de indivíduos, incluindo homens, mulheres e jovens, desafiando a visão tradicional que os associa apenas a elites sociais. A localização e a concentração dos torques também sugerem que poderiam ter sido enterrados como oferendas em locais sagrados, refletindo a complexidade das práticas culturais e sociais daquelas comunidades antigas.

Essa descoberta não só enriquece o entendimento sobre a Idade do Ferro, mas também impulsiona uma nova pesquisa colaborativa entre o Museu Britânico e o Museu do Castelo de Norwich, com o objetivo de publicar e catalogar completamente essas relíquias importantes. A pesquisa continua, prometendo revelar mais sobre a vida e os costumes das pessoas que habitavam a Grã-Bretanha há milênios.

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