Segundo os pesquisadores, suas investigações concluem que a criação do universo ocorreu de maneira análoga àquela narrada na Bíblia. Utilizando a linguagem da matemática, eles supostamente conseguiram traçar conexões que corroboram a narrativa bíblica com as teorias científicas sobre a origem do cosmos. Tal descoberta sugere que, em algum nível, a ciência pode estar começando a dialogar de maneira mais próxima com textos sagrados que datam de milhares de anos.
Entretanto, a pesquisa também trouxe à tona algumas contradições, principalmente no que diz respeito à apresentação de Deus no Antigo Testamento. Os críticos afirmam que a representação de Deus como um ser antropomórfico contrasta com as descrições que se podem fazer de forças universais e fenômenos físicos que regem o cosmos. Durante a pesquisa, ficou claro que, enquanto a Bíblia pinta um quadro de Deus como um criador pessoal e ativo, a visão científica tende a descrever entidades em termos de vibrações e energias que não necessariamente se alinham a uma figura divina singular.
Essa investigação reabre o debate sobre o relacionamento entre ciência e religião e a busca por um entendimento mais profundo sobre como o universo se formou. Embora a tentativa de harmonizar a ciência com a fé seja uma questão antiga, as conclusões obtidas ainda precisam ser debatidas e validadas pela comunidade científica. Mesmo assim, o trabalho de Bassani e Magueijo destaca o potencial de um diálogo construtivo entre diferentes campos do conhecimento, na busca por respostas às questões mais fundamentais que a humanidade enfrenta.