Pesquisador descobre idade de cálculo renal: pedra nos rins tinha 17,6 anos de acordo com datação por carbono-14.



Um pesquisador australiano fez uma descoberta revolucionária ao determinar o tempo exato em que um cálculo renal começou a se desenvolver no corpo humano. O marco histórico foi registrado em um artigo científico publicado na renomada revista Radiocarbon em 2016, porém só ganhou destaque internacional este mês.

Vladimir Levchenko, especialista na Organização Australiana de Ciência e Tecnologia Nuclear (Ansto), revelou à rádio ABC, da Austrália, que em 2011 passou por uma crise aguda de cólica devido a um cálculo renal de 6 milímetros no trato urinário. Antes de se submeter a uma cirurgia de emergência para a remoção da pedra, pediu aos médicos que a conservassem para análise.

Com conhecimento em datação de materiais por carbono-14, Vladimir decidiu investigar a idade do cálculo renal. Ao saber que a pedra era composta por oxalato de cálcio, o pesquisador viu a oportunidade de aplicar seus conhecimentos na área. “Quando o médico me disse que o cálculo era feito de um composto de carbono, fez sentido no meu cérebro. Eu posso datar isso”, afirmou à rádio.

Os cálculos renais são formados nos rins ou nas vias urinárias a partir de sais de cálcio produzidos pela urina. Enquanto pedras pequenas podem ser eliminadas naturalmente, as maiores podem demandar procedimentos cirúrgicos. Levchenko utilizou a técnica de datação por isótopos de carbono-14 e descobriu que a pedra removida tinha 17,6 anos de idade.

A análise também se estendeu a pedras de outros pacientes tratados nos Países Baixos, revelando que, apesar de tamanhos semelhantes, a evolução dos cálculos renais variou significativamente. Enquanto uma pedra cresceu ao longo de sete anos, a outra se desenvolveu ao longo de 23 anos.

A pesquisa de Levchenko traz insights valiosos sobre o desenvolvimento e crescimento dos cálculos renais, fornecendo informações importantes para o diagnóstico e tratamento dessa condição. A técnica inovadora de datação utilizada pelo pesquisador abre caminho para novas descobertas e avanços na área da saúde.

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