Essa pesquisa, conduzida pelo consórcio de pesquisa The Geography of Philosophy, envolveu participantes de 16 culturas diferentes em 12 países e cinco continentes. Os resultados foram surpreendentes, mostrando que, apesar das diferenças culturais, a percepção da sabedoria é essencialmente a mesma em todo o mundo.
Através de um método conhecido como filosofia experimental, os participantes foram convidados a comparar diferentes indivíduos entre si, atribuindo-lhes níveis de sabedoria com base em duas dimensões: a orientação reflexiva e a consciência socioemocional. A orientação reflexiva diz respeito à capacidade de refletir antes de agir, considerando diferentes perspectivas e utilizando a lógica para orientar decisões. Já a consciência socioemocional envolve a capacidade de entender e se importar com os pensamentos e sentimentos dos outros.
O estudo revelou que as pessoas mais sábias são aquelas que equilibram ambas as dimensões, demonstrando habilidades de raciocínio e também sendo emocionalmente e socialmente conscientes. A verdadeira sabedoria, segundo a pesquisa, está em encontrar um equilíbrio entre pensar cuidadosamente e se importar com os outros.
Esses resultados desafiam estereótipos e mostram que, apesar das diferenças culturais, há uma apreciação compartilhada por certas qualidades que definem a sabedoria. Compreender melhor essas dimensões da sabedoria pode nos ajudar a resolver problemas globais, aprender a valorizar a sabedoria nos outros e superar divisões culturais.
Em um mundo cada vez mais globalizado, reconhecer a importância da sabedoria e das qualidades que a compõem pode ser crucial para promover uma maior compreensão e cooperação entre diferentes culturas. A sabedoria é algo universal que todos valorizamos, e ao compreendê-la melhor, podemos nos tornar mais sábios e aprender a apreciar a sabedoria nos outros.