A crioablação é um procedimento minimamente invasivo que consiste na aplicação de nitrogênio líquido a -140°C por meio de uma agulha fina, eliminando as células do tumor. Realizado de forma ambulatorial, com anestesia local, o tratamento permite que as pacientes voltem para casa no mesmo dia, sem a necessidade de internação hospitalar.
Os resultados da pesquisa demonstraram que, em casos de tumores entre 2 e 2,5 cm, apenas 8% das participantes apresentaram pequenos focos residuais da doença. Estes foram tratados com cirurgia conservadora e linfonodos axilares, mostrando a eficácia da combinação desses métodos para garantir a eliminação completa do câncer.
Diante dos resultados promissores, os pesquisadores planejam dar continuidade ao estudo, com uma próxima fase prevista para ocorrer entre 2025 e 2027, envolvendo um grupo maior de 700 pacientes. A expectativa é que, no futuro, a crioablação possa eliminar a necessidade de cirurgias complementares, permitindo que o próprio organismo reabsorva gradualmente as células destruídas durante o tratamento.
Com esses avanços na área da oncologia, a crioablação emerge como uma alternativa eficaz e menos invasiva para o tratamento do câncer de mama inicial, oferecendo aos pacientes a possibilidade de uma recuperação mais rápida e menos dolorosa. A pesquisa realizada pela Unifesp representa um marco importante na luta contra essa doença devastadora.