Perigo Verde: Plantas Tóxicas nas Ruas de São Paulo Ameaçam Saúde de Pets e Crianças



Plantas Tóxicas em São Paulo: Um Perigo Oculto para Pets e Crianças

As ruas e praças da capital paulista oferecem um cenário vibrante, mas escondem perigos inusitados para aqueles que passeiam com crianças e animais de estimação. A ampla variedade de arbustos e plantas ornamentais, além de embelezar o espaço urbano, também representa uma ameaça à saúde. Muitas dessas espécies são tóxicas e podem causar intoxicações graves, até mesmo fatais, se ingeridas ou em contato com a pele.

Na zona oeste de São Paulo, especialmente em bairros como Pinheiros, é comum se deparar com plantas perigosas em canteiros e nas proximidades de calçadas. A palmeira sagu de jardim, conhecida cientificamente como Cycas revoluta, é uma das mais notórias. Um triste exemplo é o caso do labrador chamado Pudim, cuja morte após ingerir partes dessa planta alertou usuários nas redes sociais sobre o risco.

De acordo com especialistas, a exposição a plantas tóxicas não é restrita apenas ao consumo. O contato pode resultar em reações adversas. Marcos Furlan, professor de Fitoterapia da USP, destaca que espécies como a jiboia (Epipremnum aureum) e a comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia) causam irritações na boca e na pele, além de sintomas digestivos e respiratórios. A ingestão de apenas uma folha pode levar a complicações sérias.

Outras plantas preocupantes incluem a azaleia, que pode gerar distúrbios cardíacos e digestivos, e a costela-de-adão, que, quando consumida, provoca inchaço na língua e na glote. Já a espirradeira (Nerium oleander) afeta o coração e é uma das plantas mais venenosas encontradas em parques. Algumas espécies menos conhecidas, como a coroa-de-Cristo (Euphorbia milii), trazem ainda mais riscos, podendo causar inflamações e acidentes devido aos seus espinhos.

A toxicidade muitas vezes decorre de uma combinação de substâncias presentes nas plantas, o que torna difícil determinar a gravidade da situação apenas pelo tipo de planta envolvida. Furlan aponta a necessidade de precauções, especialmente em áreas públicas e residenciais, onde crianças e animais são mais suscetíveis a esses perigos. Ele sugere que os responsáveis por espaços verdes evitem o plantio de espécies reconhecidamente tóxicas e promovam consciência sobre os riscos.

Em caso de intoxicação, é crucial agir rapidamente. Para humanos, recomenda-se retirar a pessoa do contato com a planta e buscar atendimento médico imediato. Para animais, a orientação é levá-los ao veterinário sem demora, informando qual planta foi ingerida. Aqui, a prevenção se torna a melhor forma de proteger nossos entes queridos das armadilhas que a natureza, em sua beleza, pode ocultar.

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