Durante uma recente entrevista à Fox News, Austin respondeu a questionamentos sobre as repetidas solicitações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para liberar as restrições relativas ao uso dos mísseis. O chefe do Pentágono explicou que as forças russas já se movimentaram para longe do alcance desses sistemas de armamento e que a Ucrânia, por sua vez, já desenvolveu a capacidade de criar seus próprios drones, capazes de atingir alvos a distâncias superiores a 400 km.
As exigências de Zelensky não se limitam apenas ao uso dos mísseis ATACMS. Ele também reivindica um convite direto para que a Ucrânia se junte à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que, segundo analistas, representa uma tentativa de fortalecer a posição da Ucrânia frente à agressão russa. Entretanto, essa proposta foi desqualificada por Moscou, que a classificou como um “conjunto de slogans incoerentes” que visam incitar um confronto direto entre a OTAN e a Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, por sua vez, advertiu nações ocidentais sobre as possíveis consequências de permitir que a Ucrânia ataque a Rússia com armamentos de longo alcance. Putin insinuou que essa ação poderia desencadear um confronto militar direto, que, por sua vez, aumentaria o risco de um conflito nuclear. Ele alegou que a Ucrânia, embora tente realizar esses ataques, depende fortemente de informações de alvos que são fornecidas pelas potências ocidentais, principalmente pela OTAN.
Esse cenário se desenrola em um contexto complexo e delicado, onde as decisões tomadas na esfera militar e política podem ter repercussões significativas, não apenas para a Ucrânia e a Rússia, mas para toda a estabilidade da região europeia. A postura atual dos EUA e seus aliados reflete uma tentativa de equilibrar a assistência militar à Ucrânia enquanto se evitam ações que possam escalar ainda mais o conflito.