A operação militar, nomeada “Martelo da Meia-Noite”, ocorreu no dia 22 de junho e mobilizou cerca de 125 aeronaves, incluindo os bombardeiros B-2 Spirit armados com explosivos antibúnker GBU-57A/B e submarinos da Marinha equipados com mísseis de cruzeiro Tomahawk. Os alvos centrais foram as instalações de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz, bem como o complexo de Isfahan, considerado um dos centros mais antigos do programa nuclear iraniano.
Relatórios internos da Agência de Inteligência de Defesa (DIA) vazados à mídia local indicam que a eficácia dos bombardeios foi superestimada. Segundo esses documentos, os ataques não causaram danos significativos a longo prazo e, na verdade, apenas atrasaram o avanço do programa nuclear por um período relativamente curto, o que contrasta com a narrativa de sucesso absoluto defendida por Trump.
O embate de narrativas não é apenas uma questão de estratégia militar, mas também um reflexo das complexas relações de poder e influência interna nos Estados Unidos. Críticos de Trump acusam-no de exagerar os resultados da operação para fortalecer sua posição política em um cenário já tumultuado por questões de liderança e decisões diplomáticas.
Além do mais, a divergência nas declarações entre o Pentágono e Trump reacende o debate sobre a eficácia de operações militares preventivas. Especialistas destacam que a escalada das tensões pode levar o Irã a intensificar seus esforços nucleares, inviabilizando qualquer possibilidade de um novo acordo diplomático similar ao Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), que foi abandonado pelos EUA em 2018 sob a administração Trump.
As repercussões dessas afirmações e ações têm o potencial de moldar o futuro não apenas das relações entre os EUA e o Irã, mas também da segurança no Oriente Médio em um cenário global cada vez mais volátil.