Esse movimento gerou preocupação entre os aliados da NATO, que vêem a possível saída das tropas americanas como uma ameaça à segurança europeia. A interpretação dessa medida pode ser complexa; especialistas como Seth Jones, do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, alertam que a diminuição da presença militar dos EUA pode ser vista pela Rússia como um sinal de fraqueza, o que poderia encorajar o Kremlin a adotar uma postura mais agressiva na região. Desde o início do conflito, o Kremlin tem defendido que busca uma solução diplomática duradoura para o conflito na Ucrânia, embora a retórica moscovita frequentemente contradiga suas ações no terreno.
A administração Trump, que se distanciou da postura de apoio incondicional a Kiev expressa pela administração Biden, argumenta que os aliados europeus devem assumir mais responsabilidades por sua própria defesa. A estratégia visa también redirecionar recursos militares dos EUA para focar em outras prioridades globais, particularmente na região do Indo-Pacífico, onde a ameaça da China é percebida como crescente.
Ainda não houve comentários oficiais do Pentágono sobre essa proposta, mas Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, destacou que o presidente está sempre revisando as implantações militares para garantir o primado da segurança americana. Atualmente, cerca de 80.000 soldados americanos estão estacionados na Europa, e enquanto muitos legisladores apoiam uma presença militar robusta nesta região, os desdobramentos políticos e estratégicos continuam a moldar as decisões do governo.
A questão de retirar ou não tropas está, portanto, em um contexto de negociações complexas, com líderes como Donald Trump buscando um cessar-fogo, em contrapartida à abordagem mais assertiva de Biden em relação à assistência militar à Ucrânia.