A reintrodução de 96 animais ao seu habitat natural foi realizada neste feriado nacional pela Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco, como forma de homenagear a população negra que contribuiu para a identidade cultural brasileira. A conexão entre a liberdade dos pássaros e a abolição da escravidão foi destacada pela promotora de Justiça Lavínia Fragoso, coordenadora do programa.
A soltura dos pássaros foi acompanhada pelo promotor de Justiça Alberto Fonseca, que descreveu a cena como “um canto de alegria”. Entre as espécies libertadas, estavam Sabiá-laranjeira, Bico-de-veludo, Papa-capim, Vim-vim, Canário-da-terra, Sangue-de-boi, Garibalde e Xexéu-de-bananeira. A reintrodução ocorreu no Sítio Pau-brasil, propriedade da Usina Coruripe.
Os cuidados veterinários foram essenciais para garantir o bem-estar dos animais. Todos os pássaros foram resgatados de cativeiros nos primeiros dias da FPI, revelando a persistência da caça ilegal no interior de Alagoas. O médico veterinário Rafael Cordeiro enfatizou a importância da conservação da biodiversidade e do papel das aves no ecossistema.
A entrega voluntária de animais silvestres à FPI foi incentivada, com um ponto de coleta no dia seguinte ao evento. Quem colaborasse receberia uma muda de planta como agradecimento. A FPI alertou sobre a ilegalidade de manter animais silvestres em cativeiro sem autorização.
A equipe de Fauna da FPI, composta por diversos órgãos e instituições, segue comprometida com a preservação da fauna e da natureza. O evento de reintrodução dos pássaros à natureza foi não apenas uma celebração da liberdade dos animais, mas também um lembrete da importância da coexistência harmoniosa entre seres humanos e animais na biodiversidade brasileira.