Parlamento Francês Aprova Moção de Censura e Derruba Primeiro-Ministro Michel Barnier em Votação Histórica; Governos dos Últimos 60 Anos Estão em Xeque



Em uma reviravolta política inesperada, a Assembleia Nacional da França aprovou uma moção de censura que resultou na destituição do primeiro-ministro Michel Barnier. Essa votação histórica ocorreu no dia 4 de dezembro de 2024 e sua aprovação veio com um expressivo total de 331 votos, superando em 43 o mínimo necessário para que a moção fosse aceita, que era de 288 votos. Barnier, que ocupava o cargo há apenas três meses, deverá apresentar sua carta de demissão ao presidente Emmanuel Macron nas próximas horas.

A união entre partidos de diferentes espectros políticos, incluindo deputados da esquerda e da extrema-direita, foi um aspecto notável deste episódio, evidenciando um cenário de crescente descontentamento no país. A situação se torna ainda mais significativa ao se considerar que esse é o governo mais curto da história da França desde 1962, demonstrando a fragilidade com que a administração de Barnier foi conduzida.

Após a aprovação da moção, Marine Le Pen, líder do partido Reagrupamento Nacional, fez uma declaração destacando que a pressão sobre Emmanuel Macron está aumentando, ainda que ela não exija diretamente a sua renúncia. O presidente, por sua vez, reforçou sua posição, afirmando que não deixará o cargo, mesmo diante das dificuldades que enfrenta na oposição. Macron declarou: “Fui eleito duas vezes pelo povo francês e estou extremamente orgulhoso disso”, e prometeu continuar a trabalhar até o final do seu mandato.

A crise recente todos os olhares estão voltados para o impacto que esta instabilidade política poderá provocar nas próximas eleições e sobre as possíveis mudanças que se formarão nas alianças políticas do país. A questão que persiste agora é: quais serão os próximos passos do governo diante dessa situação e como isso afetará a política francesa e sua relação com a Europa?

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