Parlamentares rejeitam proposta de corte na previdência militar e defendem redução de despesas com custeio para equilibrar contas públicas.



Deputados e senadores avaliam que um possível esforço do governo para promover modificações e cortes de despesas no regime de previdência militar seria resistido no Congresso, conforme apontam líderes partidários. A proposta, sugerida pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, em entrevista ao GLOBO na semana passada, enfrentaria dificuldades para avançar, de acordo com parlamentares.

Senadores acreditam que mexer nos benefícios dos militares não resolveria o problema das contas públicas e que a redução de despesas poderia ser alcançada por meio do corte de gastos com custeio. O líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), ressaltou a possibilidade de o governo reduzir despesas no custeio da máquina pública, citando diárias, viagens, horas extras e a utilização de terceirizados como áreas passíveis de cortes.

Na Câmara dos Deputados, a opinião é de que desagradar os militares seria desnecessário. O líder do Solidariedade na Casa, Aureo Ribeiro (RJ), afirmou que não é viável entrar em polêmicas que possam gerar descontentamento entre os militares, destacando a importância da pacificação no país.

Em relação às declarações do presidente Lula sobre modificações na Previdência, ele sinalizou que esse assunto só seria avaliado a partir de 2025 e que os militares não seriam tratados de maneira isolada. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (CE), reiterou que essa questão não está em pauta no momento.

Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento, Simone Tebet, apresentaram ao presidente Lula dados que destacam o déficit fiscal do país, incluindo as despesas com pessoal. A equipe econômica espera que Lula analise as demandas e decida em quais áreas serão realizados cortes nos excessos de gastos.

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