Na última semana, os deputados Marcel Van Hattem, do Novo-RS, e Cabo Gilberto Silva, do PL-PB, foram indiciados pela Polícia Federal. O motivo do indiciamento foi as críticas feitas por eles em discursos no Plenário contra o delegado da PF Fábio Alvarez Shor, acusados de calúnia e difamação. Essa ação dos parlamentares gerou uma onda de manifestações e críticas por parte de diversos colegas no Congresso Nacional.
A liderança da Minoria, representada pela deputada Bia Kicis, do PL-DF, expressou sua indignação com a falta de investigação das denúncias feitas pelos parlamentares. Segundo Bia Kicis, o indiciamento dos deputados demonstra a falta de harmonia entre os Poderes e sinaliza um abuso de autoridade por parte da Polícia Federal. A deputada enfatizou que o silêncio diante dessas ações não representa harmonia, mas sim subserviência e covardia.
O deputado Carlos Jordy, do PL-RJ, também se pronunciou sobre o caso, apontando o indiciamento como uma tentativa de intimidar o Parlamento. Jordy questionou a postura da Polícia Federal e alertou que essa ação não se limita apenas aos dois deputados indiciados, mas sim atinge toda a Câmara dos Deputados e o Congresso Nacional como um todo.
Outros parlamentares, como Otoni de Paula, do MDB-RJ, e Chico Alencar, do Psol-RJ, também se manifestaram contrários ao indiciamento dos deputados. Otoni de Paula ressaltou que esse tipo de ocorrência limita a atuação parlamentar, enquanto Chico Alencar classificou a abertura do inquérito como um abuso de poder.
Diante desses pronunciamentos e da polêmica gerada pelo indiciamento dos parlamentares, fica evidente a divisão de opiniões e a tensão entre os Poderes constituídos. A atuação dos deputados e a resposta das instituições demonstram a complexidade das relações políticas e a necessidade de diálogo e respeito entre os representantes eleitos e os órgãos de controle.