Nos Estados Unidos, o ex-cardeal Robert Francis Prevost, que atua como o novo Papa, é apontado por ter permitido a permanência no ministério do padre James Ray, que havia sido acusado de abusar sexualmente de crianças. Embora Ray tenha sido transferido dois anos após as acusações, a decisão de manter sua posição inicial levanta questões sobre a rigorosidade com que a Igreja lida com esses casos.
No Peru, a situação é ainda mais alarmante. Três freiras alegaram que Prevost ignorou relatos de abusos sexuais cometidos por dois padres, mostrando uma possível cultura de silêncio acerca de práticas abusivas. Além disso, existem informações de que, enquanto bispo, ele teria engavetado denúncias de abuso envolvendo três meninas em uma casa paroquial, tornando sua liderança ainda mais controversa.
Em resposta a essas alegações, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) se manifestou, defendendo o novo Papa. O secretário-geral da CNBB, Dom Ricardo Hoepers, afirmou que as acusações são infundadas e que o Papa não só teve conhecimento dos casos, mas também tomou medidas para investigar as denúncias. Segundo ele, Prevost organizou um processo que foi levado a Roma a fim de que as denúncias fossem apuradas de maneira adequada.
“É essencial que o processo continue seu curso e que cada um dos casos seja investigado até suas últimas consequências”, disse Hoepers, enfatizando que o próprio Prevost participou ativamente do encaminhamento das denúncias. O processo ainda está em andamento, o que promete manter o tema em pauta e sob escrutínio enquanto a Igreja busca restabelecer sua credibilidade diante das severas alegações que a cercam.