O discurso do Papa é um dos mais aguardados da cúpula e abordará um dos temas centrais do encontro: os desafios da Inteligência Artificial. Além disso, Francisco terá encontros bilaterais com líderes globais como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Também está confirmada uma conversa com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem o Papa compartilha preocupações com questões como pobreza, combate à fome e proteção do meio ambiente.
Para o jornalista Iacopo Scaramuzzi, que cobre o Vaticano para o jornal La Repubblica, a presença do Papa no G7 é vista como uma oportunidade de falar diretamente com os líderes globais e conscientizá-los sobre os riscos éticos da Inteligência Artificial. Francisco pretende abordar temas como a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito entre Israel e Palestina e as dívidas de países em desenvolvimento.
No entanto, Scaramuzzi acredita que alcançar consensos no debate sobre IA será desafiador, devido às diferenças expressivas entre os países do grupo. Enquanto a União Europeia aprovou uma lei abrangente sobre IA, nos EUA o debate ainda está em estágios iniciais. O Papa considera a IA tanto uma oportunidade de desenvolvimento para a Humanidade quanto uma ameaça ética, e enfatiza a importância da ética e dos valores humanos no uso dessa tecnologia.
Durante a cúpula, que reunirá líderes mundiais e representantes de organizações internacionais, temas como concorrência com a China, segurança alimentar, imigração e questões econômicas globais também estarão em pauta. Espera-se que o discurso de Francisco reforce a importância da ética, responsabilidade e valores humanos fundamentais na regulamentação e uso da Inteligência Artificial, buscando promover um desenvolvimento tecnológico que beneficie a humanidade e contribua para a paz entre os povos.