Um dos principais tópicos discutidos foi a necessidade de implementar políticas conjuntas para proteger os trabalhadores que podem perder seus empregos devido à automatização promovida pela inteligência artificial. Além disso, foi ressaltada a importância de capacitar profissionais para os novos empregos que serão gerados por esse avanço tecnológico.
Durante a reunião, o representante chinês, Jiang Wei, destacou os investimentos que a China está fazendo em programas de capacitação e treinamento, especialmente voltados para os grupos mais vulneráveis. Já a representante da Índia, Chaman Lal Guleria, ressaltou os desafios enfrentados por pessoas de idade avançada, mulheres e outros grupos vulneráveis, enfatizando o compromisso do país em ampliar a proteção social e promover a inclusão no mercado de trabalho.
A ética também foi um ponto central nas discussões, visto que a transformação digital já está acontecendo e exige a implementação de políticas de proteção social imediatas. A coordenadora brasileira, Maíra Lacerda, enfatizou a importância da cooperação entre os países do BRICS para lidar com os desafios trazidos pela inteligência artificial, destacando a necessidade de troca de conhecimento e tecnologia.
A próxima etapa do Grupo de Trabalho sobre Trabalho e Emprego do BRICS será realizada em fevereiro, com os trabalhos de encerramento programados para abril, em Brasília. O documento final será assinado pelos ministros do Trabalho do BRICS, refletindo o compromisso em adotar soluções inovadoras e promover uma governança mais inclusiva e sustentável. O lema adotado pela presidência brasileira do BRICS reforça o compromisso com o desenvolvimento global equitativo por meio da cooperação entre os países emergentes.