Países da UE criticam Lula por finalização apressada de negociações sobre Ucrânia na cúpula do G20 no Brasil, temendo falta de consenso.



Durante a recente cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, representantes de países europeus expressaram sua insatisfação em relação à decisão do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva de encerrar prematuramente as discussões sobre a situação na Ucrânia. O anúncio da declaração final foi feito um dia antes do previsto, o que gerou descontentamento entre os delegados presentes.

Tradicionalmente, o comunicado final é divulgado ao término das reuniões, mas Lula optou por aprová-lo durante a sessão plenária no dia 18 de novembro, quando líderes importantes como os da França, Alemanha e Estados Unidos estavam ausentes. Essa escolha se deu em um contexto em que diplomatas brasileiros relataram preocupações sobre a possibilidade de não se chegar a um consenso sobre a declaração, como ocorreu na cúpula anterior, realizada na Índia.

Fontes afirmaram que, na véspera do encontro, países europeus desejavam que a declaração final incluísse quantitativos mais contundentes sobre o conflito ucraniano. No entanto, muitos recuaram diante do temor de que isso pudesse impedir a adoção de um documento conjunto. Isso demonstra a complexidade das negociações em eventos multilaterais, onde os interesses de diversas nações precisam ser equilibrados.

Em meio a esse cenário, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Andrei Melnyk, lamentou em entrevista que o Brasil perdeu uma oportunidade crucial de se posicionar como mediador no conflito. Para ele, a falta de uma discussão mais aprofundada sobre a Ucrânia durante a cúpula foi uma falha significativa para o papel do país na geopolítica atual. A cúpula do G20, que ocorreu em um momento crítico para a Europa e o mundo, deixou muitos europeus questionando a efetividade da liderança brasileira em tópicos internacionais relevantes.

A realização dessa cúpula no Brasil trouxe à tona não apenas questões econômicas, mas também a necessidade urgente de diálogo sobre temas de segurança e conflitos que afetam não apenas os países envolvidos, mas todo o cenário global. Essa dinâmica deve ser considerada nas próximas negociações internacionais, visto que a insatisfação expressa por vários países pode influenciar futuras interações no âmbito global.

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