Pacto Global da ONU no Brasil busca promover equidade racial e de gênero nas empresas através de parcerias e movimentos.



A busca por uma sociedade mais igualitária, onde a equidade racial seja uma realidade, é um dos compromissos do Pacto Global da ONU no Brasil. Nesta sexta-feira (15), a entidade assinou uma carta em parceria com o Movimento pela Equidade Racial e o Pacto de Promoção de Equidade Racial (Mover), com o objetivo de debater estratégias para promover a diversidade racial dentro das empresas.

Tayná Leite, Gerente Sênior de Direitos Humanos e Trabalho do Pacto Global da ONU no Brasil, explicou que a estratégia adotada para mitigar os efeitos da discriminação racial no ambiente corporativo é a criação de um movimento no qual as empresas se comprometem a ter 50% de pessoas negras em cargos de liderança até 2030. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualmente apenas 29,5% dos cargos gerenciais nas empresas são ocupados por negros.

Para a ONU, a assinatura desse documento representa um posicionamento público em favor da representatividade, pertencimento e empoderamento da população negra. Atualmente, o Pacto de Promoção da Equidade Racial é composto por 55 empresas que se comprometem a adotar ações afirmativas para melhorar a qualidade do ensino público brasileiro e a formação de profissionais negros.

Além da equidade racial, o Pacto Global da ONU no Brasil também busca promover a igualdade de gênero. Nesse sentido, a entidade convida as empresas a reconhecerem a urgência e a necessidade de tomarem ações concretas. Uma dessas ações é a adesão ao Elas Lideram 2030, iniciativa desenvolvida e liderada pela ONU Mulheres para promover a igualdade de gênero.

O Elas Lideram 2030 é uma estratégia específica para promover o empoderamento feminino por meio da liderança e alcançar resultados efetivos na luta contra a violência e pelo empoderamento econômico das mulheres. A meta é ter mais de 1.500 empresas comprometidas e impulsionar 11 mil mulheres para cargos de alta liderança até 2030.

Essa proposta visa enfrentar diversas camadas de desigualdade de gênero no ambiente de trabalho, incluindo a violência, o assédio sexual e moral, a sobrecarga nos cuidados e a disparidade salarial. O Banco do Brasil é embaixador desse movimento, além de outros três dentro do Pacto Global da ONU no Brasil, que tratam de questões relacionadas aos direitos humanos, como o Salário Digno e Raça Prioridade.

Durante um evento promovido pela entidade, Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, compartilhou sua trajetória pessoal e profissional. Sendo a primeira mulher a ocupar um cargo de liderança no banco, ela ressaltou a importância de fazer parte de uma empresa alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável para o futuro global.

“A minha história de vida ilustra, de diversas formas, que desigualdades de raça e gênero ainda são muito presentes no nosso país e no mundo. Mas a minha história como mulher negra, nordestina, mãe, homossexual, também mostra como é possível superar essas desigualdades”, afirma Tarciana.

Para alcançar os objetivos do Elas Lideram 2030, as empresas devem focar nas jornadas de capacitação, fortalecendo a formação e promovendo oportunidades igualitárias de promoção na carreira. No caso do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros destaca a importância de levar a cultura da diversidade para além das portas da instituição, estendendo-a às comunidades em todo o país.

“Quando o Banco entrega para a sociedade o que já é cultura da empresa, atuamos e cumprimos nosso papel social de buscar a inclusão e a equidade também no mercado”, afirma a presidente do Banco do Brasil.

É importante ressaltar que essa matéria foi escrita por um repórter que viajou a convite do Banco do Brasil.

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