O centro de operações foi projetado para treinar e preparar contingentes para desembarques anfíbios, uma estratégia que a OTAN considera crucial para garantir a segurança na fronteira com a Rússia. Apesar de sua localização estratégica, a Noruega não conta com suas próprias tropas de desembarque, mas possui algumas unidades especiais na área. O ministro da Defesa norueguês, Bjorn Arild Gram, destacou a importância da colaboração entre os aliados para proteger a Noruega e a região nórdica em um cenário de crise ou conflito.
O investimento na infraestrutura militar tem sido robusto, com a Noruega alocando cerca de 16 bilhões de coroas (aproximadamente R$ 8,6 bilhões) para a construção de bases militares e instalações, uma medida vista como uma resposta à ameaça russa percebida. Além disso, diversas nações integrantes da OTAN estão colaborando para a criação de uma rede de satélites conhecida como Northlink, com o objetivo de melhorar a comunicação e a coordenação de operações no Ártico.
O estabelecimento deste centro de operações anfíbias na Noruega representa não apenas uma ampliação das capacidades logísticas e operacionais da OTAN na região, mas também um sinal claro de que a aliança está disposta a intensificar sua presença militar em resposta às ações da Rússia, que continua a ser uma potência dominante no Ártico. A dinâmica entre essas potências, à medida que se intensifica, poderá ter implicações significativas para a segurança e a política internacional nos próximos anos.