Desde a criação da Força Expedicionária Conjunta em 2018, a OTAN tem buscado maneiras de intensificar o monitoramento de infraestruturas críticas no Báltico. Com a utilização de tecnologia avançada, incluindo inteligência artificial, a operação conhecida como “Nordic Warden” foi destacada como uma estratégia central para a detecção e avaliação de riscos apresentados por navegações irregulares. Essa abordagem reflete uma adaptabilidade da Aliança a um ambiente de segurança em constante mudança, onde a coleta de dados em tempo real se tornou fundamental para a eficácia das operações militares.
O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, foi um dos líderes a comentar sobre essa nova diretriz, descrevendo o incremento das tropas da OTAN como uma ação “sem precedentes”. Ele enfatizou que a presença militar no Báltico não é uma mera formalidade, mas uma resposta necessária diante da escalada de tensões com a Rússia. As manobras e a maior visibilidade de forças militares na região são vistas como uma mensagem clara de dissuasão, refletindo a preocupação ocidental com a potencial expansão das operações militares russas.
À medida que a situação no Báltico se intensifica, o foco da OTAN em expandir sua presença na região pode impactar não apenas a dinâmica da segurança europeia, mas também as relações transatlânticas, com possíveis repercussões na diplomacia global. O mar Báltico, tradicionalmente um espaço estratégico, assume agora um papel central na arquitetura de defesa da Aliança, sinalizando a disposição da OTAN em enfrentar novos desafios emergentes em um mundo de crescentes incertezas políticas e militares.