Moiseev apontou que a escalada militar no Ártico se intensificou especialmente após o restabelecimento da segunda Frota Operacional da Marinha dos Estados Unidos, em maio de 2018, e a criação do Comando Conjunto Norfolk das Forças Armadas Unidas da OTAN, em 2019. Nessas circunstâncias, o Ártico passou a ser considerado uma área de operações sustentadas, com a presença constante de forças militares. O comandante enfatizou que 2024 não foi uma exceção, com um aumento considerável na capacidade militar, principalmente devido ao desenvolvimento de infraestrutura e à mobilização de tropas, com destaque para o papel dos Estados Unidos.
O panorama delineado por Moiseev não apenas destaca o aumento do potencial militar na região, mas também aponta para riscos elevadores de um possível conflito. Ele enfatizou a importância de monitorar as ameaças à segurança, identificando o Ártico como um ponto crucial de confronto entre potências globais. O aumento da presença militar estrangeira, juntamente com a suspensão da cooperação com a Rússia em plataformas regionais e internacionais, contribui para uma deterioração da situação geopolítica no norte.
Além disso, Moiseev denunciou as medidas políticas e econômicas adotadas por nações hostis com o intuito de limitar a atuação russa no Ártico, destacando que essas ações ampliam a tensão e os desafios no relacionamento entre diferentes países envolvidos na segurança e exploração da região. Diante desse cenário complexo, a natureza cada vez mais militarizada do Ártico levanta questões sobre o futuro da cooperação internacional e sobre os riscos de um embate aberto nas águas geladas do extremo norte.