O Oriente Médio tem atravessado um período de grande incerteza, exacerbado por conflitos recentes. O cessar-fogo estabelecido entre Israel e o Hezbollah, que entrou em vigor no final de novembro, mostra-se frágil, com relatos de violações por grupos insurgentes que frequentemente atacam posições militares sírias nas províncias de Aleppo e Idlib. Esse ambiente volátil destaca a necessidade de uma vigilância e de uma resposta internacional robusta, que a abertura desse escritório pretende facilitar.
Rutte também comentou sobre a situação na Ucrânia, ressaltando que um dos principais objetivos da OTAN é garantir que o país tenha “a posição mais favorável” em potenciais negociações de paz. Ele enfatizou a importância de continuar o envio de armamentos a Kiev e a formação de soldados ucranianos, a fim de que o país esteja em condições favoráveis para procurar um acordo. A crescente presença militar da OTAN na região, incluindo a Jordânia, busca uma resposta coordenada às ameaças emergentes ligadas tanto ao conflito em curso na Ucrânia quanto às dinâmicas regionais.
Além disso, Rutte afirmou que, nesta reunião, a OTAN não abordará o tema da adesão da Ucrânia ao bloco, um assunto delicado que já motivou tensões com a Rússia. O Kremlin declarou que veria a adesão da Ucrânia à OTAN como uma ameaça direta, um fator que, segundo analistas, contribuiu para a atual crise entre Russos e Ucranianos. O secretário-geral reafirmou, portanto, que o processo de aproximação da Ucrânia com a OTAN ainda está em andamento, mas requer cautela diante das reações russas, que continuam a ser monitoradas de perto pelo bloco ocidental.