Oposição denuncia impedimento de entrada no CNE na eleição venezuelana

No último domingo, a presidente do partido oposicionista Encuentro Ciudadano, Delsa Solórzano, denunciou que foi impedida de entrar nos escritórios do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o que, segundo ela, dificultou a resolução dos incidentes relatados pela oposição. Solórzano afirmou que, devido à impossibilidade de presença física nos escritórios do CNE, a comunicação tem se dado exclusivamente por meio de WhatsApp ou por intermediários, como observadores internacionais e diretores da organização.

Nas eleições venezuelanas, que decidirão entre a continuidade do chavismo, há 25 anos no poder, e uma possível mudança histórica prometida pela oposição unida, Solórzano destacou que certos incidentes marcaram o início do pleito. Algumas testemunhas da oposição tiveram dificuldades para acessar os locais de votação na manhã do dia, e alguns centros de votação não abriram no horário previsto. Apesar dessas dificuldades iniciais, a dirigente ressaltou que os problemas foram solucionados ao longo do dia.

“O único padrão que vejo são as pessoas votando”, afirmou Solórzano, evidenciando o elevado comparecimento dos eleitores em todo o país. Ela expressou orgulho pelo que chamou de um dia extraordinário de participação cívica.

Menos de uma hora após o fechamento das urnas, Solórzano reforçou que cada testemunha eleitoral tem o direito de acessar os resultados de cada máquina de votação antes de serem enviados ao CNE. “Lembrem-se de que a ata é um direito. No final do dia, ela deve ser impressa e entregue a todas as testemunhas”, pontuou.

A votação deste domingo na Venezuela ocorreu sob um clima de intensa vigilância internacional. Observadores externos relataram dificuldades para acompanhar o processo, e denúncias de perseguição a opositores do presidente Nicolás Maduro foram constantes durante a campanha eleitoral. Ainda assim, o candidato da oposição organizada, diplomata Edmundo González Urrutia, manifestou confiança nas Forças Armadas da Venezuela, acreditando que respeitarão a vontade popular expressa nas urnas.

Desde cedo, formaram-se longas filas de eleitores, muito antes das 6h da manhã (7h em Brasília), horário oficial de abertura das urnas. Com quase 21 milhões de eleitores registrados em uma população de 30 milhões, a participação esperada, segundo analistas, varia entre 13 milhões e 16 milhões de votantes. Embora o voto não seja obrigatório, a expectativa é de que uma parte significativa dos eleitores tenha participado do processo.

As urnas fecharam às 18h (19h em Brasília), mas ainda não há previsão sobre quando os resultados serão divulgados pelas autoridades eleitorais nacionais, que normalmente não fornecem parciais ou tendências de votação.

Este cenário reflete um momento crucial para a Venezuela, em que a disputa pelo futuro político do país está intensamente vigiada tanto nacional quanto internacionalmente. (Com agências internacionais)

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