Em um comunicado enfático, a União pela Pátria classificou a suposta ligação do presidente com um esquema de fraude criptomonetária como “extremamente séria”, referindo-se ao episódio como um “escândalo sem precedentes”. O projeto em questão, conhecido como “Viva La Libertad”, tinha como promessa impulsionar o crescimento das pequenas empresas na Argentina através de investimentos em criptomoedas. No entanto, a repercussão negativa foi instantânea, com muitos cidadãos que decidiram investir na nova moeda, enfrentando perdas financeiras significativas.
Diante do clamor popular e da pressão política, Milei decidiu apagar sua postagem original sobre o projeto e, posteriormente, disse que não tinha um conhecimento aprofundado dos detalhes envolvidos, indicando que sua defesa inicial do projeto foi precipitada. Essa mudança de postura, no entanto, não freou as críticas que se intensificaram nas redes sociais e no debate político, onde a oposição exigiu a responsabilização do presidente.
Além dos pedidos de impeachment que estão em tramitação formal, a crise suscita questionamentos mais amplos sobre a governabilidade de Milei e sua capacidade de liderar o país em um momento de turbulência econômica e descontentamento popular. Na esfera política, o clima está envenenado, com os opositores alegando que a legitimidade de Milei como chefe de Estado está em risco, dada a sua aparente ligação com ações consideradas irresponsáveis em relação às criptomoedas.
Enquanto isso, a administração de Milei enfrenta um cenário complexo, onde suas promessas de reforma e modernização da economia argentina podem estar ameaçadas. A situação continua a evoluir, com vigilância de perto por parte da imprensa e da população, que aguardam as próximas movimentações em um dos capítulos mais conturbados da recente história política argentina.