Operação Trapaça: Kel Ferreti investigado e preso por crimes relacionados a jogos de azar online. Sócio liberado e preso novamente.



Na última quarta-feira (4), o Ministério Público de Alagoas desencadeou a Operação Trapaça, resultando na prisão do influenciador digital Kel Ferreti e de seu sócio, Igor Campioni. A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e Lavagem de Bens (Gaesf), tem como foco crimes relacionados a jogos de azar online.

Durante a ação, foram cumpridos oito mandados judiciais. Embora Campioni tenha sido liberado após a audiência de custódia, ele acabou sendo preso novamente na terça-feira (10) após um recurso apresentado pelo Gaesf. As investigações apontam para a existência de uma suposta organização criminosa liderada por Ferreti, que se envolvia em delitos contra a economia popular e lavagem de dinheiro por meio de jogos de azar virtual.

Durante a operação, as autoridades apreenderam cerca de R$ 20 mil em dinheiro, celulares, documentos e um carro de luxo da marca Porsche. Além disso, o Ministério Público solicitou o bloqueio de mais de R$ 21 milhões em contas pertencentes a pessoas que teriam sido usadas como “laranjas” para ocultar bens, bem como a apreensão de 10 veículos de luxo.

A defesa de Igor Campioni argumentou que o mesmo sofre de epilepsia, o que levou à sua liberação inicial. No entanto, o Gaesf contestou essa alegação, destacando as atividades sociais movimentadas do réu como incompatíveis com um quadro de saúde debilitado.

Por outro lado, a esposa de Kel Ferreti, Mylla Duarte, não foi presa, mas está sujeita a medidas cautelares, incluindo a proibição de usar redes sociais, sair do estado e falar com outros envolvidos na operação. A defesa de Mylla negou a prisão domiciliar da influenciadora, esclarecendo que apenas um mandado de busca e apreensão foi emitido contra ela.

A defesa de Kel Ferreti, por sua vez, ingressou com um Habeas Corpus para obter a liberação do influenciador. O advogado Rodrigo Monteiro argumentou que a prisão de Kel não condiz com a gravidade das acusações e nem com seu perfil de réu primário, pai de família e trabalhador. Monteiro enfatizou que Kel atua dentro das leis vigentes, citando a Lei Federal 14790/2023, aprovada e sancionada recentemente. Para a defesa, a compra de itens de luxo não configura lavagem de dinheiro.

Diante de todas essas informações, o caso continua gerando repercussão e levantando questionamentos sobre a suposta organização criminosa e as condutas dos envolvidos. A defesa dos acusados segue atuando para garantir seus direitos e alegando a legalidade de suas atividades.

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