Um dos suspeitos, José Carlos da Silva, também conhecido como Zé do Renascer, foi alvo de um mandado cumprido em Cuiabá, no Mato Grosso. Ele é comerciante na região e presidente do bairro Jardim Renascer. Após os atos golpistas, ele foi destituído do cargo pelos moradores, mas gravou um vídeo afirmando que permaneceria até o final de seu mandato. Em suas palavras, ele afirmou que a oposição sempre mente e engana, mas que Deus coloca cada um em seu lugar.
Outro alvo da operação foi o empresário Luiz Antônio Villar de Sena, proprietário de uma loja de pneus em Cuiabá. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele relatou a invasão e disse que o pessoal do quartel estava chegando no local. Também foi preso o veterinário Cézar Guimarães Galli Júnior, que desativou suas redes sociais após ser identificado nas imagens de depredação do STF. No entanto, circulam na internet fotos em que ele aparece pichando o prédio do Supremo com a frase “Perdeu, mano”.
Fabrício Cisneiros Colombo, protético de Cáceres, no Mato Grosso, também foi preso. Durante os atos antidemocráticos, ele usava um boné com o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro e incentivou as depredações. Em uma live postada na época, ele chegou a solicitar o código-fonte das urnas eletrônicas, questionando a segurança do sistema. Colombo também foi candidato a deputado estadual, mas não foi eleito. Após os atos, suas redes sociais foram bloqueadas por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Além desses cinco alvos, também foi preso pela PF Walter Pereira, de Santos, em São Paulo. Entre os mandados de busca e apreensão estava o do primo dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio. A PF informou que os fatos investigados podem configurar crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição de bens protegidos e crimes da lei de terrorismo.
A Operação Lesa Pátria segue em andamento, e a Polícia Federal informou que haverá atualizações periódicas sobre o número de mandados judiciais cumpridos. O objetivo é combater qualquer ato que atente contra a democracia e cause danos às instituições brasileiras.