Durante a operação, duas pessoas foram presas, sendo uma delas identificada como integrante de um grupo miliciano. Além das prisões, foi realizada a apreensão de R$ 54 mil na residência de um parlamentar que estava sendo investigado. As autoridades ainda revelaram que parte dos mandados de busca tinham como foco apurar crimes de intimidação eleitoral envolvendo um vereador candidato à reeleição e membros da milícia local.
Segundo as denúncias recebidas, os milicianos estavam obrigando os moradores da região de Xavantes a votar no vereador que também estava sob investigação. Em troca, o parlamentar prometia proteção política ao grupo, configurando assim um esquema de corrupção eleitoral. Outra investigação em Belford Roxo envolveu a emissão de oito mandados de busca e apreensão para apurar um possível esquema de compra de renúncia de mulheres candidatas a cargos de vereadoras.
As apurações revelaram que as candidatas estavam desistindo da eleição em troca de compensações financeiras oferecidas por membros de um grupo rival. Após receberem o dinheiro, as postulantes ainda publicavam mensagens de apoio a candidatos da coligação adversária em suas redes sociais. O juiz da 154ª Vara Eleitoral aprovou os pedidos de busca e apreensão com base em mensagens encontradas no celular de um candidato previamente preso por suspeita de compra de votos e supostos vínculos com o tráfico de drogas.
Em uma operação paralela, a Polícia Federal apreendeu R$ 1,8 milhão em espécie em um centro empresarial na Barra da Tijuca. A quantia estava dividida em caixas de papelão dentro de veículos pertencentes a empresários que estavam sendo investigados por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro. Os agentes cumpriram dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Eleitoral da 188ª Zona Eleitoral de Irajá. Este desdobramento da operação reforça a gravidade das irregularidades encontradas no cenário político do estado do Rio de Janeiro.