De acordo com as informações divulgadas pela PCDF, o hacker detido era responsável pelo desenvolvimento de aplicativos que permitiam invasões em sistemas governamentais. Sua prisão temporária ocorreu na cidade de Três Passos, no Rio Grande do Sul, onde os policiais apreenderam diversos equipamentos eletrônicos, celulares e uma grande quantia em dinheiro. Além disso, o veículo do suspeito foi confiscado e suas contas bancárias foram bloqueadas por determinação judicial.
As acusações contra o líder do grupo incluem crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação qualificada e invasão de dispositivo informático. Caso seja condenado por todos esses delitos, o investigado pode enfrentar até 24 anos de prisão, além de multa.
A investigação revelou que a organização operava principalmente por meio da plataforma “MaxBuscas”, que fornecia acesso a mais de 70 painéis de pesquisa contendo informações confidenciais de pessoas físicas e jurídicas. O “CODE” era responsável pelo desenvolvimento de aplicativos ilegais que facilitavam a invasão e extração de dados de sistemas governamentais protegidos.
A estrutura da organização criminosa contava com diferentes níveis hierárquicos, incluindo administradores, fornecedores, revendedores, prepostos e clientes. A plataforma comprometia a segurança de dados de órgãos governamentais, expondo informações delicadas de cidadãos.
Esta foi a segunda fase da operação, sendo que na primeira, chamada Darkspot, três indivíduos foram presos em diferentes estados do Brasil. Os administradores da plataforma ilegal foram localizados e detidos em uma praia privativa em Santa Catarina, onde levavam um estilo de vida incompatível com suas rendas declaradas.
Ao longo das duas fases da operação, foram apreendidos veículos de luxo, uma casa de alto padrão e ativos financeiros no valor que ultrapassa os R$ 2.000.000,00. A estratégia da DRCC visa asfixiar as fontes de financiamento dos grupos criminosos, impactando diretamente em sua sustentação financeira.
O combate a plataformas ilegais que facilitam crimes como estelionatos e extorsões é uma das prioridades da Polícia Civil, conforme informação da DRCC. A operação contou com o apoio da Direção de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.