As tensões na região têm suas raízes em uma disputa de liderança que se intensificou em março deste ano. Historicamente, as aldeias eram unificadas sob um único cacique, mas um grupo dissidente decidiu se separar, proclamando sua “independência”. Essa divisão resultou em um aumento alarmante da violência, com registros de várias tentativas de homicídio e incêndios criminosos, que devastaram 25 residências na Aldeia Sede e forçaram a expulsão de muitos indígenas de suas moradias.
As investigações da PF apontam que o conflito pode ter ganhado suporte de facções criminosas locais. Essas organizações estariam envolvidas no fornecimento de armas e na contratação de milícias para agravar a situação. Em um conflito mais recente, ocorrido em maio, um homicídio foi registrado, além de duas tentativas de assassinato e diversas agressões armadas, revelando a gravidade da crise.
Os esforços da Polícia Federal não se limitam apenas à repressão da violência, mas também visam restabelecer a paz e a ordem dentro da comunidade indígena e nas áreas adjacentes. A operação tem como uma de suas metas primordiais a coleta de provas e informações que ajudem a identificar todos os envolvidos nas rixas e nos crimes associados, que incluem homicídio qualificado e constituição de milícia privada.
Diante de tal cenário, a necessidade de intervenções judiciais torna-se evidente, não apenas para proteger os direitos dos indígenas, mas também para assegurar a convivência pacífica entre os diferentes grupos na reserva. As expectativas são de que a Operação PO’I MAG seja um passo significativo em direção à estabilidade e ao respeito às culturas indígenas, em meio a um panorama marcado por disputas de poder e violência.