A líder da organização criminosa, identificada como Adriana Neves Castro, foi presa em sua residência na cidade de Itaguaí, na região metropolitana do Rio. A investigação revelou que o grupo simulava vínculos empregatícios de mais de 800 pessoas em empresas de fachada, com o intuito de contratar planos empresariais que eram posteriormente comercializados de forma indevida para pessoas físicas.
Ao todo, foram criadas 10 empresas fictícias para viabilizar essa fraude nos planos de saúde empresariais. A maioria dessas empresas não possuía sede nos endereços informados à seguradora, sendo que muitas delas foram cadastradas em endereços inexistentes.
Durante as apurações, descobriu-se que alguns beneficiários contrataram os planos de saúde visando a realização de procedimentos médicos que não seriam cobertos devido ao período de carência. Entre esses procedimentos estavam cirurgias bariátricas, partos e remoção de tumores cerebrais.
A investigada, Adriana, teria criado uma espécie de “taxa de isenção de carência”, vendida por valores que variavam de R$ 3 mil a R$ 5 mil por cliente. Os criminosos movimentaram mais de R$ 2 milhões em apenas seis meses com essa prática ilegal.
Além disso, a polícia identificou a participação de um contador na abertura das empresas de fachada e na captação de clientes, bem como a suspeita de envolvimento de um médico que recomendava seus pacientes a adquirirem esses planos de saúde.
Essa ação é fruto de uma investigação em conjunto com o Ministério Público e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). A Porto Saúde, por sua vez, informou que identificou a fraude e colaborou com as autoridades para o sucesso da operação.
A companhia destacou a gravidade do esquema fraudulento, que prejudica não apenas as operadoras de saúde, mas também os consumidores que dependem do sistema privado de saúde. A Porto Saúde reforçou seu compromisso no combate às fraudes e se colocou à disposição das autoridades para auxiliar nas investigações.
