Kheetan destacou que a situação em Jenin é alarmante, com a ONU observando o uso de métodos e meios bélicos que são mais apropriados para conflitos armados do que para operações policiais. Esta tática inclui bombardeios aéreos e tiroteios indiscriminados dirigidos a civis desarmados, muitos dos quais buscavam abrigo ou segurança durante os ataques. A declaração da ONU repercute em um momento delicado, em que se tentava estabelecer um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, intermediado por Catar, Estados Unidos e Egito.
Após a iniciativa de cessar-fogo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou a realocação de tropas militares para a Cisjordânia, evidenciando uma expectativa de aumento da violência na região. As forças de defesa israelenses alegam que suas operações visam capturar membros do Hamas e da Jihad Islâmica, grupos considerados terroristas. Entretanto, a realidade no terreno, segundo relatos de fontes palestinas, indica a ocorrência de intensos ataques aéreos e a infiltração de tropas terrestres nas cidades palestinas.
Nesse cenário turbulento, o impacto das ações israelenses em Jenin e outras áreas da Cisjordânia pode ampliar ainda mais a tensão nas relações entre israelenses e palestinos, além de provocar uma onda de indignação global em relação ao tratamento de civis em meio a um conflito que já se arrasta por décadas. Observadores alertam que a comunidade internacional deve agir de forma mais decisiva em prol dos direitos humanos e da proteção dos civis, a fim de evitar uma escalada ainda mais grave da violência.