Danny Danon, o embaixador de Israel, fez uma forte defesa das ações militares dos Estados Unidos e de seu próprio país. Ele argumentou que a inação frente ao Irã teria consequências devastadoras, ressaltando que as ações tomadas representavam a “última linha de defesa” de Israel, citando que todas as tentativas diplomáticas anteriores para impedir o avanço nuclear iraniano fracassaram. Na sua fala, Danon também acusou o regime iraniano de utilizar as negociações internacionais como uma estratégia de dissimulação, ganhando tempo para aprimorar seu arsenal nuclear e desenvolver mísseis balísticos.
O embaixador expressou o desejo de que tanto o apoio dos EUA quanto as ações de Israel fossem vistos sob uma nova ótica, pedindo reconhecimento pela contribuição à segurança global. Segundo Danon, o mundo deveria agradecer a ambos os países em vez de condená-los.
Por outro lado, Amir-Saeid Iravani, representante do Irã na ONU, não hesitou em criticar as intervenções militares. Ele alertou que os EUA, ao apoiar Israel, estavam colocando em risco a própria segurança nacional americana. Durante sua intervenção, Iravani destacou que o Irã tomará medidas de retaliação, classificando-a de “resposta proporcional”, algo que será decidido pelas Forças Armadas iranianas. Além disso, ele acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de arrastar os EUA para uma guerra que poderia ser considerada indefensável.
Esse intercâmbio de acusações e justificativas acirradas no palco da ONU reflete não apenas a tensão entre os dois países, mas também as complexas dinâmicas de poder na região, onde o papel das potências ocidentais continua a ser um tema controverso e delicado.