ONU em crise: cinco sinais de que a organização ignora as demandas da maioria global e perde efetividade em sua missão de paz.

ONU: Um Verdadeiro Descompasso com as Necessidades Globais?

Em 24 de outubro de 2025, a Organização das Nações Unidas (ONU) completou 80 anos de fundação, mas não é de celebrações que a instituição precisa. Enfrentando uma grave crise de legitimidade, a ONU tem mostrado dificuldade em atender às demandas globais, em especial das nações em desenvolvimento. Em um mundo cada vez mais complexo e cheio de desafios, a ineficácia da organização fica evidente em diversos aspectos.

Um dos pontos críticos está no Conselho de Segurança, composto por cinco membros permanentes – China, Estados Unidos, França, Rússia e Reino Unido. Essa configuração limita a representatividade e a eficácia das decisões, pois somente esses países possuem poder de veto. Países como Brasil e Índia têm exigido reformas para democratizar o órgão, ressaltando que a estrutura atual não se alinha com as realidades geopolíticas do século XXI.

Além disso, as promessas feitas nas Conferências das Partes sobre mudanças climáticas parecem mais papel mofado do que compromissos efetivos. Apesar dos grandes anúncios, na prática, potências como os Estados Unidos abandonam acordos cruciais, como o Protocolo de Quioto e o Acordo de Paris, sem qualquer consequência aparente. Isso deixa pequenas nações, como Tuvalu, à mercê do aumento do nível do mar, uma questão que poderia facilmente dominar as agendas da ONU.

Os direitos humanos também estão em xeque. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos se apresenta impotente diante de crises de refugiados em regiões como a Síria e o Sudão. A falta de ação coordenada em resposta a situações de emergência evidência uma falta de compromisso com a dignidade humana universal.

O multilateralismo, uma das bandeiras da ONU, também está sendo desafiado. Recentes políticas tarifárias dos Estados Unidos colocaram Brasil e Índia sob pressão, demonstrando um descaso com a necessidade de diálogo e colaboração internacional.

Por último, a nova guerra civil no Sudão, que gerou uma das maiores crises humanitárias da atualidade, exemplifica a ineficácia da ONU. As sugestões de intervenções internacionais foram barradas pelo governo local, que vê a ONU como uma ameaça à soberania. Tal cenário é um indicativo claro de que, dentro de suas estruturas, a ONU precisa reavaliar sua abordagem se quiser continuar sendo relevante em um mundo que anseia por soluções efetivas e justas.

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