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Oncologia debate protocolo de rastreio do câncer de pulmão para fumantes: Pesquisa busca consenso durante congresso de 2024.

Recentemente, um debate intenso tem ocorrido na área da oncologia em relação à possibilidade de estabelecer um protocolo para o rastreio do câncer de pulmão. Esta enfermidade é uma das principais causas de morte em todo o mundo, em grande parte devido ao fato de que geralmente é identificada em estágio avançado, quando as opções de tratamento são limitadas.

Os médicos que defendem a criação de um protocolo específico para o rastreio em fumantes argumentam que isso possibilitaria a identificação precoce da doença e um tratamento mais eficaz. No entanto, há vozes contrárias a essa proposta, que consideram que o alto custo envolvido na realização dos exames de rastreio para um grupo tão amplo de fumantes tornaria a iniciativa financeiramente insustentável.

Diante desse cenário de divergências, uma pesquisa apresentada durante o Congresso de 2024 da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) busca estabelecer um caminho para o consenso. Este estudo propõe que o rastreio do câncer de pulmão seja direcionado a pacientes com idade entre 50 e 80 anos que apresentaram alto consumo de cigarros ao longo da vida e que pararam de fumar há menos de 15 anos, ou que ainda mantenham o hábito de fumar.

A líder da pesquisa, a oncologista Clarissa Baldotto, que também é presidente do Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT), defende que a implementação desse protocolo de rastreio poderia reduzir a mortalidade por câncer de pulmão em até 20%. Ela destaca a importância de realizar tomografias computadorizadas periódicas nessas populações de risco para identificar precocemente possíveis tumores, o que poderia aumentar significativamente as chances de cura.

Além disso, o estudo apontou que, apesar dos custos envolvidos na realização dos exames de tomografia, a estratégia de rastreio precoce seria mais custo-efetiva do que o atual modelo de diagnóstico baseado nos sintomas. A pesquisa sugere que até 50% dos casos poderiam ser diagnosticados em estágios iniciais, o que resultaria em uma melhoria significativa na qualidade de vida dos pacientes e em reduções de custos no tratamento.

No entanto, nem todos os especialistas concordam com esse protocolo de rastreio. O oncologista Roberto de Almeida Gil, diretor-geral do Instituto Nacional de Câncer (INCA), argumenta que o alto custo e o potencial estresse causado ao sistema de saúde poderiam inviabilizar a implementação desse modelo. Ele enfatiza a importância de outras medidas, como o combate ao tabagismo e a regulamentação dos dispositivos de vaporização, como alternativas mais eficazes para reduzir a mortalidade por câncer de pulmão.

Em resumo, o debate sobre a criação de um protocolo para o rastreio do câncer de pulmão continua sendo um tema relevante e controverso na área da oncologia. Fica evidente a necessidade de mais pesquisas e discussões para encontrar um equilíbrio entre a eficácia do rastreio precoce, os custos envolvidos e a sustentabilidade do sistema de saúde. A busca por uma abordagem que beneficie a saúde e o bem-estar dos pacientes, sem sobrecarregar os recursos disponíveis, continua sendo um desafio a ser enfrentado pelos profissionais da área.

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